Thursday 25 October 2012

Cap 1. A compra de supermercado.


Pronto! Você já montou as coisa-tudo, organizou caixas e mais caixas e está com a geladeira funcionando. Hora de quê? Fazer compra no supermercado, oras.
Super simples se não fosse tão difícil. Tenho uma trabalhão enorme toda vez que resolvo "dar uma passadinha" no super. Primeiro que eu sempre esqueço a lista em casa, ou esqueço a lista mental que eu jurava que lembraria de cabeça.
Passo corredor por corredor, fico pegando e lendo coisas que depois de 5 minutos coloco de volta na prateleira, a fim de me concentrar no que realmente preciso.
Acho incrível ficar olhando o que as outras pessoas compram, só pra ver se me lembro de algo.
O horário mais cool de ir ao super é tipo 9 e pouquinho da noite. Só tem neguinho (a) solteiro, de terno, suado, com roupa de academia, com cara de bravo, ou cantarolando algo que tá rolando no fone de ouvido.
Eu fico reparando tudo isso enquanto vou pegando umas coisinhas.
Fico na dúvida na sessão das frutas, se levo ou não, já que eu adoro frutas mas mais como decoração. Tem coisa mais legal que fruta enfeitando a cozinha?
Vou para o caixa e quando percebo, a pobre sacolinha retornável não vai dar conta do recado, e então eu decido pegar mais uma.
"Não, moça. Eu não tenho o cartão blabla", enquanto reclamo do preço de um mísero pezinho de alface, que me custou 6 dinheiros. Gente! É alface!
Enfim, me distraio com as plantinhas que estão ao lado do caixa, e quando menos espero, a mocinha do caixa está do meu lado me ajudando a escolher a mais "inteirinha".
Escolho uma e vou me embora.
Me acho tão capaz de fazer tudo sozinha (já que já moro sozinha!), que decido vir a pé, contrariando todos os táxis que insistiram em me perguntar se eu precisava de um.
Chego em casa com os dedinhos da mão praticamente gangrenando, boto tudo no chão, pego a chave de casa e faço duas viagens de escada. É, não tem elevador.
Chego toda eufórica pra contar a experiência no supermercado, do pão de castanha do pará e quinoa, ou da nova embalagem do amaciante, mas não tem ninguém em casa. E aí eu me contento com o silêncio da casa que só tem uma voz!